Quase 700 empresas do ES correm risco de exclusão do Simples Nacional: saiba como agir
A Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES) emitiu um alerta urgente: 698 empresas optantes pelo Simples Nacional acumulam mais de R$ 52 milhões em débitos e correm o risco de exclusão do regime a partir de 2026.
Sem a regularização, essas organizações perderão benefícios fiscais, migrarão automaticamente para o regime ordinário e enfrentarão uma carga tributária mais elevada.
Nesta curadoria, você descobrirá as principais categorias de pendências, os prazos e procedimentos para sanear os débitos e manter sua empresa no Simples Nacional.
Risco iminente: quase 700 empresas podem ser excluídas do Simples Nacional
A Sefaz-ES identificou 698 empresas optantes pelo Simples Nacional com débitos que ultrapassam R$ 52 milhões. Esses valores decorrem de ICMS não recolhido, autos de infração, parcelamentos interrompidos e outras pendências fiscais.
Sem a devida regularização até o prazo estipulado, essas empresas serão excluídas do regime simplificado a partir de 2026 e perderão benefícios importantes.
Ao sair do Simples Nacional, a empresa enfrentará:
- Recolhimento de tributos conforme o regime ordinário;
- Processos de cobrança mais rigorosos;
- Aumento significativo da carga tributária.
O alerta foi encaminhado via Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e). É essencial que gestores e contadores leiam as notificações e providenciem a quitação ou parcelamento dos débitos o quanto antes.
Entenda o montante de R$ 52 milhões em débitos
Levantamento da Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES) aponta que 698 empresas optantes pelo Simples Nacional acumulam mais de R$ 52 milhões em pendências fiscais junto ao Fisco Estadual. Esses valores englobam débitos de ICMS não recolhido, autos de infração, parcelamentos interrompidos, IPVA e custas processuais.
- Empresas envolvidas: 698 optantes pelo Simples Nacional
- Valor total dos débitos: mais de R$ 52 milhões
- Origem dos dados: auditoria e relatórios da Receita Estadual do ES
As informações foram consolidadas pelo auditor fiscal Daniel Burman e comunicadas aos contribuintes via Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e) em setembro de 2025, com detalhamento de valores e prazo para regularização antes da possível exclusão do regime em 2026.
Quais são os débitos que levam à exclusão?
As pendências que podem resultar na exclusão do Simples Nacional envolvem diferentes tipos de obrigações fiscais. Confira as principais categorias apontadas pela Sefaz-ES:
- ICMS: impostos não recolhidos, autos de infração e avisos de cobrança emitidos pela Secretaria da Fazenda.
- IPVA: valores em atraso relativos ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
- Autos de infração: multas aplicadas por descumprimento de obrigações ligadas à circulação de mercadorias e serviços.
- Dívidas ativas: débitos inscritos após o não pagamento dentro do prazo ou em razão de parcelamentos interrompidos.
- Parcelamentos interrompidos: acordos suspensos por falta de pagamento de parcelas, gerando a exigência imediata do saldo remanescente.
Cada categoria deve ser verificada na Agência Virtual (DT-e) ou no sistema Dívida Ativa do ES para adotar medidas de regularização e manter o enquadramento no regime simplificado.
Comunicados no DT-e e prazo para saneamento das pendências
No início de setembro de 2025, a Receita Estadual do Espírito Santo identificou 698 empresas com débitos e enviou comunicados via Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e), canal oficial para notificações fiscais.
Cada aviso disponível no DT-e contém:
- Descrição detalhada dos débitos pendentes;
- Prazos e condições para quitação ou parcelamento;
- Instruções para consulta na Agência Virtual (AGV).
O prazo para regularização começa a contar na data de publicação do comunicado no DT-e. Se os débitos não forem sanados ou parcelados dentro do período indicado, a exclusão do Simples Nacional será aplicada a partir do exercício de 2026.
Por isso, é fundamental que gestores e contadores acessem o DT-e com frequência, leiam atentamente todos os avisos e comprovem a regularização o quanto antes, evitando a perda dos benefícios do Simples Nacional e o aumento da carga tributária.
Impactos da exclusão: regime ordinário e carga tributária maior
Ao ser excluída do Simples Nacional, a empresa deixa o sistema unificado de arrecadação e passa a seguir as normas do regime ordinário. Nesse modelo, os tributos são calculados e pagos separadamente, o que pode resultar em alíquotas cumulativas mais elevadas e maior pressão de caixa.
- Alíquotas mais altas: incidência individual de IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, ICMS e ISS, sem a compensação simplificada do Simples.
- Complexidade operacional: necessidade de entrega de obrigações acessórias adicionais, como SPED Fiscal, SPED Contribuições, ECF e DCTF.
- Aumento de custos contábeis: gestão de diferentes tributos exige processos internos mais robustos e, muitas vezes, contratação de serviços especializados.
- Risco de autuações: fiscalização mais intensa e detalhada, com maior probabilidade de constatação de inconsistências.
As alterações não afetam apenas o recolhimento de tributos, mas também a rotina de planejamento financeiro e compliance da empresa. Por isso, é fundamental avaliar o impacto orçamentário e documental antes de enfrentar o regime ordinário.
Como regularizar seus débitos e manter o Simples Nacional
Para evitar a exclusão do Simples Nacional e garantir a continuidade dos benefícios, siga este passo a passo objetivo:
- Acesse a Agência Virtual (AGV): faça login e, no menu “Certidão Tributária”, selecione “Consulta Pendências” para identificar débitos de ICMS, IPVA e outros tributos.
- Verifique débitos em Dívida Ativa: acesse o sistema Dívida Ativa do ES para conferir pendências inscritas e valores atualizados.
- Utilize o Receita Orienta: abra chamado online ou agende atendimento presencial/videochamada para esclarecer procedimentos e prazos.
- Formalize a regularização: opte pela quitação à vista, parcelamento ou renegociação conforme instruções do comunicado enviado ao DT-e.
- Comprove a quitação: salve comprovantes de pagamento ou protocolos de parcelamento e monitore a baixa das pendências no DT-e.
Executando essas etapas com atenção, você mantém sua empresa no Simples Nacional e preserva todos os benefícios do regime.
Como a Via Contabil pode apoiar sua empresa na regularização
Com 25 anos de atuação no mercado contábil, a Via Contabil reúne expertise em acompanhamento tributário e gestão de exigências fiscais, assegurando que sua empresa identifique e regularize pendências antes que se tornem riscos de exclusão do Simples Nacional. A equipe monitora diariamente o Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e) e centraliza informações sobre débitos de ICMS, IPVA, autos de infração e parcelamentos interrompidos.
Entre os recursos informacionais disponibilizados estão:
- Centralização de pendências: levantamento completo de débitos e status de regularização;
- Alertas e notificações: lembretes de prazos e comunicados fiscais recebidos pelo DT-e;
- Relatórios gerenciais: consolidação periódica de saldos e evolução dos pagamentos;
- Orientação em procedimentos: guias passo a passo para acesso à AGV, consulta em Dívida Ativa e uso do Receita Orienta;
- Interlocução fiscal: canal direto para esclarecimento de dúvidas junto à Sefaz-ES e confirmação de baixas.
Esse suporte informacional permite que gestores e contadores mantenham a visibilidade completa das obrigações fiscais, tomem decisões ágeis e preservem todos os benefícios do Simples Nacional.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Portal Contábeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Quase 700 empresas com débitos podem ser excluídas do Simples Nacional