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Desafios do Simples Nacional: o que muda com a Reforma Tributária

Desafios do Simples Nacional com a reforma tributária: o que muda para o seu negócio?

A próxima reforma tributária gera inquietação entre micro e pequenos empresários optantes do Simples Nacional. O modelo, antes sinônimo de desburocratização, enfrenta agora riscos de maior complexidade e exigências fiscais.

Principais desafios:

  • Apuração paralela de IBS e CBS
  • Destaque de tributos em operações fora do Simples
  • Obrigações acessórias e multas mais severas

Continue a leitura para entender como essas mudanças podem transformar o regime e o que seu negócio precisa fazer para se adaptar e prosperar.

Um alerta para micro e pequenos empresários: a ameaça de maior complexidade tributária

Os micro e pequenos empresários, até então aliviados pela burocracia reduzida, agora se deparam com um conjunto de obrigações que pode esvaziar a agilidade do Simples Nacional. A exigência de destacar IBS e CBS em notas fiscais e apurar tributos em duas frentes transforma o modelo em um labirinto de controles paralelos. A unificação de arrecadação, antes sinônimo de eficiência, dá lugar a obrigações cruzadas e relatórios mais complexos, onde uma simples falha de cálculo pode resultar em multas severas e risco de autuação. Em vez de sustentar o caráter desburocratizado, o novo desenho fiscal pode exigir do empresário um nível de inteligência contábil e gestão tributária que ele nunca imaginou precisar.

A duplicidade de apuração: entenda IBS e CBS no dia a dia do Simples

No regime do Simples Nacional, a criação do IBS e da CBS impõe apuração paralela: além do cálculo unificado, cada venda a empresas não optantes exige o destaque desses tributos e o registro em guias distintas. Isso gera obrigações cruzadas, pois o mesmo faturamento passa por duas frentes de apuração, complicando conciliações entre PGDAS-D e sistemas de gestão. Para evitar inconsistências, o empreendedor deve controlar créditos de forma precisa, ajustar processos internos e acompanhar rigorosamente os prazos de entrega de declarações acessórias. O resultado é maior carga administrativa e necessidade de inteligência contábil para garantir conformidade e competitividade.

Resolução CGSN 183/2025 e o endurecimento das obrigações acessórias

A Resolução CGSN 183/2025 traz novos parâmetros de fiscalização e eleva o risco de autuações para optantes do Simples Nacional. Entre as principais alterações, destacam-se:

  • Ampliação do conceito de receita bruta: passam a contar receitas financeiras, bonificações e descontos obtidos, aumentando a base tributável.
  • Multas mais severas: penalidades por descumprimento de obrigações acessórias subiram de R$ 200 para até R$ 500 por ocorrência, com possibilidade de acréscimo de juros diários.
  • Integração entre fiscos: cruzamento de dados em tempo real entre municípios, estados e União reduz o prazo para retificação de inconsistências de 30 para 15 dias úteis.
  • Risco de autuações imediatas: atraso no envio da DEFIS ou divergências no PGDAS-D podem resultar em autuação em até 48 horas, como comprovado por recente caso de empresa de serviços em São Paulo multada em R$ 8 mil.

Na prática, essas medidas exigem que o empreendedor invista em controles internos rigorosos e na atualização constante de sistemas contábeis, sob pena de enfrentar cobranças automáticas de débitos e impacto direto no fluxo de caixa.

Competitividade e compliance: adaptando-se ao novo Simples Nacional

Em um cenário em que erros fiscais podem custar caro, investir em sistemas contábeis avançados torna-se indispensável. Plataformas integradas permitem conciliar automaticamente notas fiscais, apurações de IBS e CBS, além de gerar relatórios precisos para o PGDAS-D e a DEFIS, reduzindo a margem de erros manuais.

Aliado à tecnologia, a gestão profissionalizada e o compliance tributário são pilares para a competitividade. Considere:

  • Treinamento contínuo da equipe em legislação tributária;
  • Rotinas de conciliação bancária e fiscal para identificar inconsistências;
  • Auditorias internas periódicas para avaliar riscos e corrigir processos;
  • Uso de dashboards e alertas personalizados para acompanhar prazos e obrigações.

Ao adotar essas práticas, o pequeno negócio ganha maior segurança jurídica e agilidade na tomada de decisões. A combinação de tecnologia, processos bem definidos e cultura de compliance não apenas reduz exposições a multas e autuações, mas também fortalece a posição da empresa no mercado, garantindo sustentabilidade e crescimento contínuo.

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Com 25 anos de experiência e um portfólio de 35 a 40 clientes, incluindo entidades religiosas e educacionais, a Via Contabil está preparada para orientar sua empresa nessa nova fase do Simples Nacional. Nossa equipe dedica-se a monitorar cada mudança legislativa e transformar obrigações fiscais complexas em processos claros e seguros.

Ao contar com nossa expertise, você terá apoio contínuo na apuração de tributos, no cumprimento de obrigações acessórias e na adoção de práticas de compliance que protegem seu negócio de multas e autuações. Trabalhamos de forma colaborativa, oferecendo insights personalizados para que você invista no crescimento com tranquilidade.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Migalhas. Para ter acesso à matéria original, acesse Desafios do Simples Nacional com a reforma tributária: Seria o fim?

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