Simples Nacional pode render mais impostos do que Lucro Real, alerta Fiesp
Você, prestador de serviços que recorre ao Simples Nacional em busca de praticidade e redução de custos, pode estar pagando mais impostos do que imagina. Apesar de concentrar quase 29% das empresas ativas no Brasil, o regime simplificado nem sempre oferece a menor alíquota efetiva.
Em recente estudo da Fiesp, o Simples Nacional apresentou alíquota média de 5,81% sobre o faturamento, enquanto o Lucro Real registrou 4,39%. A análise revela que, em alguns casos, o chamado “regime fácil” pode sair mais caro do que opções tradicionalmente vistas como complexas. Hora de repensar sua estratégia tributária e buscar alternativas que cabem no seu bolso.
Atenção: você pode estar pagando mais impostos no Simples Nacional
Apesar de sua fama de simplicidade, o Simples Nacional nem sempre representa a opção mais econômica para prestadores de serviços. Ao concentrar diversas tributações em uma guia única, o regime oculta custos que podem impactar diretamente o caixa da empresa.
O cálculo da alíquota efetiva leva em conta não apenas o faturamento, mas também despesas com folha de pagamento, encargos e benefícios fiscais disponíveis em outros regimes. Esses fatores podem fazer com que a carga tributária aparente do Simples ultrapasse a de regimes considerados mais complexos.
Sem uma análise detalhada do perfil da atividade e do histórico de receitas, muitos negócios ficam presos à ideia de que “simplificado” é sinônimo de “mais barato”. Essa percepção pode fazer você pagar mais impostos do que imagina, comprometendo a competitividade e a saúde financeira da sua empresa.
Comparativo de alíquotas: Simples, Presumido e Real na prática
No comparativo da Fiesp, foram analisadas as alíquotas efetivas dos principais regimes tributários, ou seja, a porcentagem média de tributos incidentes sobre o faturamento das empresas.
- Simples Nacional: 5,81% – concentra vários impostos em uma guia única, mas acaba com carga proporcional mais alta do que se imagina;
- Lucro Presumido: 7,45% – aplicado sobre uma base de cálculo estimada, costuma ser mais pesado para atividades de margem reduzida;
- Lucro Real: 4,39% – incide sobre o lucro contábil efetivo, beneficiando empresas que conseguem otimizar despesas e créditos fiscais.
Esses números mostram que o regime tradicionalmente visto como simples nem sempre é o mais vantajoso. Para negócios com controle apurado de custos e equipe especializada, o Lucro Real pode resultar em menor desembolso tributário.
A conclusão do estudo indica que, mais do que optar por facilidade, é fundamental avaliar o perfil de receitas e despesas antes de escolher o modelo fiscal adequado.
Impacto da expertise em planejamento tributário
Empresas de médio e grande porte, optantes do Lucro Real ou Presumido, contam com equipes especializadas e acesso a consultorias que realizam estudos detalhados para minimizar a carga tributária. Com profissionais dedicados, elas identificam oportunidades de créditos fiscais, compensações e regimes específicos que reduzem o montante devido e potencializam o resultado financeiro.
Na avaliação de William Madruga, Diretor da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), “uma microempresa ou uma empresa de pequeno porte não consegue ter um grupo de advogados, de contadores, todo um estudo tributário para abaixar a carga. Enquanto uma empresa maior – do Lucro Real, do Lucro Presumido – consegue”. Esse descompasso evidencia a importância de planejamento e expertise para equilibrar a competitividade no ambiente tributário.
Brasil no contexto internacional de renúncias para pequenos negócios
De acordo com o estudo adaptado pela Fiesp, a média internacional de renúncias fiscais para apoio a micro e pequenas empresas é de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Brasil destina apenas 1,2% do PIB a esse fim. Esse cenário coloca o país abaixo de diversas economias em desenvolvimento e consolidadas.
- Indonésia: 11,4% do PIB;
- Argentina: 8,8% do PIB;
- Holanda: 8,0% do PIB;
- Índia: 4,6% do PIB;
- México: 2,6% do PIB.
Esses dados revelam a diferença significativa no apoio tributário global e evidenciam oportunidades para o Brasil reforçar mecanismos de incentivo às pequenas empresas.
Como a contabilidade pode otimizar a carga tributária da sua empresa
Uma análise contábil aprofundada é essencial para identificar o regime tributário mais vantajoso—Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Cada modelo possui regras próprias que, quando bem exploradas, podem reduzir a carga de impostos.
O processo envolve:
- Diagnóstico do perfil de receitas, despesas e margens de lucro;
- Mapeamento de incentivos fiscais e créditos aplicáveis;
- Adequação de processos internos para o controle de custos e obrigações acessórias.
Com 25 anos de experiência, a Via Contábil desenvolve estudos personalizados, baseados em dados reais de faturamento e despesas, garantindo um diagnóstico preciso. Esse nível de detalhamento contribui para a escolha do regime ideal e a otimização contínua da tributação, tornando a gestão fiscal mais eficiente e alinhada às necessidades de cada prestador de serviços.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Portal Contábeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Fiesp aponta que alíquotas efetivas do Simples Nacional não são sempre as menores