Reforma Tributária 2026: revisão de cadastros e sistemas fiscais é urgente para prestadores de serviços
Com a transição da reforma tributária em 2026, prestadores de serviços enfrentam novas obrigações para garantir a conformidade fiscal.
Adiar a revisão cadastral pode gerar:
- aplicação incorreta de alíquotas
- autuações e penalidades
- perda de créditos tributários
Endereços e códigos municipais passam a ter valor jurídico nas notas fiscais eletrônicas, tornando urgente a atualização de cadastros de clientes, fornecedores, produtos e sistemas. Entenda neste artigo por que não há mais tempo a perder.
O peso das penalidades fiscais: por que você não pode adiar a revisão cadastral
Adiar a revisão cadastral coloca o prestador de serviços em risco direto de sofrer sanções pesadas, impactando o fluxo de caixa e a reputação da empresa. Sem dados precisos, a aplicação incorreta de alíquotas pode resultar em cobranças indevidas, gerando custos extras e complicações na contabilidade.
Além disso, a ausência de atualização nos cadastros de clientes, fornecedores e produtos pode ocasionar:
- Autuações fiscais com multas elevadas;
- Perda de créditos tributários legítimos;
- Bloqueio de operações por inconsistências nos sistemas de fiscalização eletrônica;
Em um cenário em que endereços e códigos municipais adquirem valor jurídico, manter informações desatualizadas significa abrir espaço para erros na emissão de notas fiscais eletrônicas e atrasos na comprovação de conformidade. A revisão imediata é essencial para evitar surpresas desagradáveis e garantir a continuidade segura das atividades.
Mudanças no modelo de tributação: IBS e CBS substituem ICMS, ISS, PIS e Cofins
Com a reforma tributária, o atual sistema misto de impostos sobre consumo dará lugar a um modelo dual de IVA (Imposto sobre Valor Agregado), composto por dois tributos principais:
- IBS: Imposto sobre Bens e Serviços, unificando ICMS (estadual) e ISS (municipal). Será administrado de forma conjunta por estados e municípios, com arrecadação baseada no destino do consumo.
- CBS: Contribuição sobre Bens e Serviços, substituindo PIS e Cofins. De competência federal, sua gestão será exclusiva da União, simplificando a apuração de contribuições federais.
Esse modelo visa simplificar alíquotas, reduzir a cumulatividade e tornar mais transparente a arrecadação. Estados, municípios e União terão papéis bem definidos na cobrança, garantindo maior previsibilidade e segurança jurídica para as empresas a partir de 2026.
Cadastros com valor jurídico: dados obrigatórios em notas fiscais eletrônicas
Com a reforma, o endereço e o código municipal do destinatário deixam de ser simples informações comerciais e passam a ter valor jurídico. Esses dados se tornam determinantes para a validade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e o correto recolhimento de tributos no local de consumo.
Para evitar rejeição de documentos e garantir a conformidade legal, é fundamental que cada NF-e contenha:
- Endereço completo: logradouro, número, bairro, CEP e complemento, conforme consta no cadastro municipal;
- Código do município: identificação oficial do IBGE, indispensável para enquadramento no novo modelo de IVA.
A ausência ou inconsistência dessas informações pode resultar em rejeição automática da NF-e, multas por emissão irregular e até bloqueio de operações fiscais. Mantenha seu sistema sempre atualizado e realize auditorias periódicas nos cadastros para assegurar a integridade dos dados e atender às novas exigências a partir de 2026.
Guia prático: passo a passo para atualizar cadastros e integrar sistemas
Para iniciar a atualização cadastral de forma eficiente, reúna representantes das áreas de compras, fiscal e TI. Em seguida, siga este passo a passo prático:
- Mapear cadastros existentes: extraia informações atuais de clientes, fornecedores, produtos e estabelecimentos em um único relatório.
- Validar dados de clientes: confirme endereços completos e códigos IBGE junto às prefeituras, evitando inconsistências nas NF-e.
- Verificar regime tributário de fornecedores: classifique cada fornecedor em Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real para adequar alíquotas futuras.
- Atualizar classificação fiscal de produtos e serviços: ajuste os códigos NCM/NBS e defina incidência de imposto seletivo.
- Revisar estrutura de estabelecimentos: valide matrizes, filiais e centros de distribuição, incluindo o novo formato de CNPJ alfanumérico.
- Configurar sistema ERP e módulo fiscal: crie campos obrigatórios para endereço e código municipal e automatize checagens.
- Integrar processos entre áreas: estabeleça fluxos de aprovação e comunicação contínua entre compras, fiscal e TI.
- Implementar auditorias periódicas: programe revisões trimestrais e cruzamento de dados para garantir a manutenção da conformidade.
Com essas etapas, sua empresa estará preparada para atender às exigências da reforma tributária e evitar penalidades. Mantenha a colaboração entre as equipes e atualize rotinas sempre que houver novas normas.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Notisul. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária obriga empresas a revisar cadastros e sistemas fiscais; veja o que muda